domingo, 7 de junho de 2009

Sobre as poesias perdidas

A palavra surge de um gesto, um momento.
O verso vem correndo à mente...
E não se pode dizer: está feito.
Nada está feito (ainda)

O que não se faz, se perde.
O verso largado é como o material refugado:
Lixo
Nunca vai ser mais do que o que poderia ter sido se...

E não adianta voltar.
Ele se foi mesmo. Pra sempre.
É um pedaço seu que não deixou registro nem foi trabalhado.
Quem sabe pra mostrar que a vida não precisa de registros.
Quem sabe pra entrar na eternidade da parte inexplorada de sua alma.
Quem sabe assassinato da preguiça (ou do stress rotineiro do século XXI)

(12/10/2007)

Nenhum comentário:

Postar um comentário