Chupei a boca do gozo (e o suor me escorria pelo peito e pela barriga
a saliva se fazia nova na boca nova
e eu me fazia líquido na boca de Deus)
Chupei a boca do gozo e me espantei: com o gozo mesmo que se fazia meu
super-homem, super-tudo
eu menino em gozo puro
Chupei a boca do gozo – e minha barba encharcada revelava fios ruivos
vermelhos de desejo
vermelhos do vinho que sorvia de boca nova
bebendo carne nova e sangue novo
tragando com voracidade a matéria crua que chupava
alcancei o oco abaixo do esôfago
o preenchi com o calor das bocas em transe
e me desfiz no suor primitivo
que já me inundava por completo
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGostei do novo layout... Só a imagem do cabeçalho é que parece meio "fora do lugar".
ResponderExcluirAbraço.