Desde que Eva mordeu a maçã
(em gesto de grande heroísmo)
Teve gente maluca tacando fogo nas ruas
Teve gente mais maluca tacando fogo nas mentes
Teve gente safada tacando fogo nas partes
E ardendo gozando queimando por dentro
Ontem passei três horas pensando em sair de casa
Decidi por não sair, chovia e eu tinha sono
(F5 no screen... 7 atualizações no feed...)
Meu Deus, anos 2.000, o que foi feito da minha juventude?
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Os ferros d’Asbac
Imagem adaptada de:http://blog.iso50.com/wp-content/uploads/2007/11/iso50-vuela-thumb.jpg |
Nos ferros d’Asbac correm vasos de aço
Onde toda circulação é desgaste
Da mesma repetição
Articulações em ângulos exatos
Deslizam os corpos de lá pra cá
E tornam ao repouso inicial, inúteis
A borracha crua reveste quase tudo
– E uns cantos e quinas expostos, sorrateiros
São ossos de concreto a manchar a pele preta
Na carne correm vasos de um sangue fervente
Osso, pele e nervos resistem ao trabalho
Músculos deformam-se conformados
O mundo inteiro aplaude a epopéia dos bravos
Buscando o trágico desejo
De serem exatos e inúteis, como a máquina
Assinar:
Postagens (Atom)