Acontece uma coisa esquisita com os momentos que eu vivo.
Enquanto eles são vividos, eles são todos iguais. Os sentimentos em torno deles são bastante próximos. As emoções, as angústias, se não iguais, bastantes semelhantes.
Mas isso não faz da minha vida um grande déjà vu, porque, depois de algum tempo, esses momentos ganham contorno, textura e cheiro. Cada um com características físicas bem distintas dentro de mim, e apenas um perfume, um aperto no coração, um som, podem despertar a lembrança de um momento bem único.
E eles ficam assim, coisificados, sólidos na minha cabeça, cada um em uma parte diferente da estante, e sua lembrança é tão forte que pode cortar fundo.
Enquanto eles são vividos, eles são todos iguais. Os sentimentos em torno deles são bastante próximos. As emoções, as angústias, se não iguais, bastantes semelhantes.
Mas isso não faz da minha vida um grande déjà vu, porque, depois de algum tempo, esses momentos ganham contorno, textura e cheiro. Cada um com características físicas bem distintas dentro de mim, e apenas um perfume, um aperto no coração, um som, podem despertar a lembrança de um momento bem único.
E eles ficam assim, coisificados, sólidos na minha cabeça, cada um em uma parte diferente da estante, e sua lembrança é tão forte que pode cortar fundo.
(200[7?][8?])
Talvez a plena percepção só possa ser obtida quando não estamos mais imersos em determinada situação. Ou talvez a valorização da saudade do que passou seja mais importante do que o acontecimento realmente foi quando se realizou.
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