terça-feira, 14 de abril de 2009

Aí, mais uma vez, o autor sentou na escrivaninha pra recomeçar.
O frutos do recomeço anterior estavam perdidos.
Mais uma vez soprou a poeira, limpou as teias de aranha.
Tentou se lembrar do que foi, tentou ler o que estava escrito, tentou criar de novo.

E escreveu.

Juntando tudo, ele escreveu.
Ficou uma merda, mas ele gostou.

Pegou o que havia de velho, juntou com o que havia de novo, e num primeiro momento ficou meio aturdido com o pavor que lhe causava aquele livro "meio em branco" na sua frente.
Sentiu-se Deus. Era Deus. Mais uma vez.

Lembrou-se, então, daquilo que havia rabiscado, tempos antes, num pequeno pedaço de papel enquanto voltava para casa de madrugada:
'E se um dia pensar que minhas vísceras estão secas, vê meus olhos.
Vê meus olhos rasgando os teus olhos, no prenúncio de um grito que há de vir.'

2 comentários:

  1. Olá meu querido, acho que é a primeira vez que leio alguma coisa sua! Continue postando e me mantenha atualizada...
    Gostei do texto!
    bjusss

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  2. João João ,

    Esse texto deixou seus leitores com gostinho de Quero mais ! :P Não deixe de seguir sua carreira de escritor cibernético(com muito estilo, por sinal.;))

    muitos beijos, Mariana

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