sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Os ferros d’Asbac

Imagem adaptada de:http://blog.iso50.com/wp-content/uploads/2007/11/iso50-vuela-thumb.jpg

Nos ferros d’Asbac correm vasos de aço
Onde toda circulação é desgaste
Da mesma repetição

Articulações em ângulos exatos
Deslizam os corpos de lá pra cá
E tornam ao repouso inicial, inúteis

A borracha crua reveste quase tudo
– E uns cantos e quinas expostos, sorrateiros
São ossos de concreto a manchar a pele preta

Na carne correm vasos de um sangue fervente
Osso, pele e nervos resistem ao trabalho
Músculos deformam-se conformados

O mundo inteiro aplaude a epopéia dos bravos
Buscando o trágico desejo
De serem exatos e inúteis, como a máquina

Um comentário:

  1. estou vendo um monte de ferro batendo e deslizando e subindo e descendo. ass: namô

    ResponderExcluir